Gestão em Odontologia
Muitos profissionais confundem ousadia, capacidade de assumir riscos, com
imaturidade e coragem patológica. Agem movidos pelo pensamento mágico, por vezes
sacrificando a empresa prematuramente diante de uma dificuldade, inerente a
qualquer negócio, quando existem ainda muitas possibilidades de transformá-la em
uma oportunidade e retomar o crescimento do negócio.
É
comum encontrarmos no mercado um Cirurgião Dentista que operava no vermelho
decidido a vender seu patrimônio pessoal e a reinvesti-lo em um negócio que já
sinalizou com clareza possuir erros estratégicos que precisam ser corrigidos.
Injetar dinheiro parece mais fácil do que admitir: “Errei, preciso de ajuda”.
Conheço vários casos de clínicas que estão atualmente em fantástica fase de
crescimento e que há algum tempo estavam para ser colocadas à venda por seus
proprietários. O que mudou? A administração foi entregue a um profissional
competente e de confiança, que diagnosticou os problemas e começou a saneá-los
um a um, terminando por sanear toda a estrutura e recolocá-la nos trilhos da
lucratividade.
Coragem patológica conduz a resultados catastróficos nos negócios. Só existe
ousadia quando existe lucidez, clareza de raciocínio. Ousado é aquele que,
enxergando de maneira visionária o que os outros ainda não viram, se antecipa
com arrojo e determinação e sai na frente, na efetivação da oportunidade.
A
verdadeira coragem empresarial consiste em enfrentar de maneira arrojada e
ousada as dissonâncias estratégicas do negócio, compreendendo a diferença entre:
A) os
conceitos, os valores, a missão, a visão, as estratégias e os processos
“atemporais”, aqueles que, não sofrendo gravemente a ação do tempo, continuam
plenamente aplicáveis no momento atual, e;
B) os
conceitos, as estratégias e os processos “anacrônicos” que ainda estão agindo na
cultura da empresa e emperram o mecanismo do progresso.
A
coragem empresarial ousa, mas não arrisca o futuro dos negócios. Arriscar em
termos corporativos não significa “tomar para si o risco” como no dia-a-dia.
Arriscar em ambiente corporativo significa agir prematuramente. Um bom
profissional não arrisca, assume as múltiplas oportunidades de maneira ousada.
Corremos riscos quando nos expomos a eles sem conhecer todas as informações
necessárias para gerenciá-los. Assumimos quando, de maneira lúcida, chamamos
para nós a responsabilidade de enfrentá-los e desenvolvê-los sob a ótica
profissional da obtenção positiva dos resultados. Assumir riscos é sempre uma
atitude que prima pela ousadia e competência. Já correr riscos é, normalmente,
uma atitude baseada em ingenuidade ou precipitação.
Sobre o
Autor:
Rafael Catani Sartori.
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Administrador de Empresas - UTFPR
- MBA
Executivo – Gestão Empresarial. Naippe - USP
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Gestão e Marketing em Odontologia – UnicenP - PR
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Consultoria e Assessoria em Odontologia
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Consultor Máster da Dentes & Números – Odontologia Extrabucal
contato:
rafael@dentesenumeros.com
"A
boa Administração,acima de tudo,
é uma questão de sabedoria"
Publicado
em 07/11/2006 |