Orientando
Câncer Bucal Como se desenvolve o câncer bucal? O câncer bucal é um tumor maligno que se desenvolve a partir de uma célula que sofre uma série de alterações genéticas. Essas alterações influenciam a diferenciação, o crescimento e a morte celular. A célula “defeituosa”, diferentemente das outras, passa a se multiplicar desordenadamente, transformando-se num corpo estranho ao organismo. O câncer bucal é comum? Sim, a incidência mundial de câncer bucal varia de país para país (2% a 8%). Canadá, Austrália e França têm taxas elevadas. A Índia é o país de mais alta incidência (48% a 70%) devido a práticas culturais exóticas, como o hábito de colocar o cigarro com a ponta acessa voltada para o interior da boca e o uso do betel. No Brasil, as taxas são elevadas, sendo o câncer bucal o 6º tipo mais comum entre os homens e o 8º entre as mulheres (INCA - Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde, Brasil). Quais são os fatores de risco para o câncer bucal? Os principais fatores de risco são: uso do tabaco, consumo freqüente de bebidas alcoólicas e exposição excessiva à radiação solar. Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer bucal, como: má higiene bucal; dentes quebrados; próteses removíveis parciais ou totais mal adaptadas, com conseqüentes irritantes locais; dieta pobre em vitaminas A, C, E e o vírus HPV (papilomavírus humano). Outros fatores ainda estão sendo estudados para se verificar sua relação com o câncer bucal, como: o uso de chimarrão, o consumo de carne grelhada (churrasco) e a fumaça do fogão de lenha. Se diagnosticado precocemente, quais as chances de cura do câncer bucal? Quanto mais cedo for descoberto e adequadamente tratado, maior será a chance de cura e sobrevida do paciente. A expectativa de cura varia de 85% a 100% quando o câncer é diagnosticado e tratado na fase inicial. Como proceder ao auto-exame da boca? Diante de um espelho, após retirar próteses ou outros aparelhos removíveis: 1) veja se em seu rosto há algum sinal que você não notou antes; 2) observe no lábio se há manchas ou feridas; 3) puxe o lábio de baixo e examine-o por dentro; faça o mesmo com o lábio de cima; 4) abra a boca e estique a bochecha; faça isso dos dois lados; 5) ponha a língua para fora e observe sua parte de cima; 6) puxe a ponta da língua para o lado direito e depois para o lado esquerdo e observe as laterais da língua; 7) coloque a ponta da língua no céu da boca e examine a parte de baixo da língua e o soalho da boca; 8) incline a cabeça para trás e examine o céu da boca; 9) ponha a língua pra fora, diga “A, A, A,...” e observe a garganta. Quais os sinais indicativos de alguma “anormalidade” na boca? Feridas que não cicatrizam em 2 semanas; manchas brancas, vermelhas ou negras; carnes crescidas; caroços; bolinhas duras e inchaço na boca; dificuldade para movimentar a língua; sensação de dormência na língua; dificuldade para engolir. A presença de qualquer um desses sinais merece um exame mais detalhado, com encaminhamento do paciente ao cirurgião-dentista estomatologista. Qual a freqüência recomendada para a realização do auto-exame da boca? Para pessoas
não-fumantes, recomenda-se fazer o auto-exame bucal a cada 6 meses e,
para os fumantes, a cada 3 meses. O ideal é fazer 1 vez por mês para que
qualquer alteração da normalidade da boca seja prontamente detectada.
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