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A Hora Certa


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Por Rafael Catani



Muitos profissionais confundem ousadia, capacidade de assumir riscos, com imaturidade e coragem patológica. Agem movidos pelo pensamento mágico, por vezes sacrificando a empresa prematuramente diante de uma dificuldade, inerente a qualquer negócio, quando existem ainda muitas possibilidades de transformá-la em uma oportunidade e retomar o crescimento do negócio.

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É comum encontrarmos no mercado um Cirurgião Dentista que operava no vermelho decidido a vender seu patrimônio pessoal e a reinvesti-lo em um negócio que já sinalizou com clareza possuir erros estratégicos que precisam ser corrigidos. Injetar dinheiro parece mais fácil do que admitir: “Errei, preciso de ajuda”.


Conheço vários casos de clínicas que estão atualmente em fantástica fase de crescimento e que há algum tempo estavam para ser colocadas à venda por seus proprietários. O que mudou? A administração foi entregue a um profissional competente e de confiança, que diagnosticou os problemas e começou a saneá-los um a um, terminando por sanear toda a estrutura e recolocá-la nos trilhos da lucratividade.


Coragem patológica conduz a resultados catastróficos nos negócios. Só existe ousadia quando existe lucidez, clareza de raciocínio. Ousado é aquele que, enxergando de maneira visionária o que os outros ainda não viram, se antecipa com arrojo e determinação e sai na frente, na efetivação da oportunidade.


A verdadeira coragem empresarial consiste em enfrentar de maneira arrojada e ousada as dissonâncias estratégicas do negócio, compreendendo a diferença entre:

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A) os conceitos, os valores, a missão, a visão, as estratégias e os processos “atemporais”, aqueles que, não sofrendo gravemente a ação do tempo, continuam plenamente aplicáveis no momento atual, e;


B) os conceitos, as estratégias e os processos “anacrônicos” que ainda estão agindo na cultura da empresa e emperram o mecanismo do progresso.


A coragem empresarial ousa, mas não arrisca o futuro dos negócios. Arriscar em termos corporativos não significa “tomar para si o risco” como no dia-a-dia. Arriscar em ambiente corporativo significa agir prematuramente. Um bom profissional não arrisca, assume as múltiplas oportunidades de maneira ousada.


Corremos riscos quando nos expomos a eles sem conhecer todas as informações necessárias para gerenciá-los. Assumimos quando, de maneira lúcida, chamamos para nós a responsabilidade de enfrentá-los e desenvolvê-los sob a ótica profissional da obtenção positiva dos resultados. Assumir riscos é sempre uma atitude que prima pela ousadia e competência. Já correr riscos é, normalmente, uma atitude baseada em ingenuidade ou precipitação.


Sobre o Autor:
Rafael Catani Sartori.
Administrador de Empresas – UTFPR
MBA Executivo – Gestão Empresarial. Naippe – USP
Gestão e Marketing em Odontologia – UnicenP – PR
Consultoria e Assessoria em Odontologia
Consultor Máster da Dentes & Números – Odontologia Extrabucal
contato: rafael@dentesenumeros.com


“A boa Administração,acima de tudo, é uma questão de sabedoria”

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