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Amil compra 52% da Medial Saúde por R$ 612,5 milhões

Em planos odontológicos, a expansão da Medial foi de 97,2%,

A Amil Participações dá continuidade à sua estratégia de crescimento por meio de aquisições com o anúncio da conclusão do acordo de compra da concorrente Medial Saúde, por R$ 612,5 milhões, ou R$ 17,2066 por ação da Medial Saúde e aproximadamente R$ 8,4223 por ação da Medial Participações S.A. O acordo prevê a aquisição de 51,93% da Medial Saúde, ou 36.220.005 ações ordinárias, através de sua controlada Amil Assistência Médica Internacional.

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Segundo comunicado divulgado ontem pela Amil, 20% do preço de aquisição será pago a título de sinal em até 3 dias úteis a contar da data de assinatura do contrato, com saldo a ser pago à vista na data de fechamento. Os recursos que serão utilizados na transação são provenientes do caixa da empresa, que ao fim de setembro era de R$ 1,018 bilhão.


A operação representa a aquisição, pela Amil Assistência, da totalidade das ações de emissão da Medial Saúde detidas pelos acionistas controladores. O objetivo do negócio é consolidar a posição de liderança da Amilpar no mercado de saúde suplementar brasileiro, em especial no Estado de São Paulo.


“Acreditamos que a Medial Saúde é um ativo altamente estratégico neste sentido. Depois da aquisição, a participação de mercado da Amilpar em São Paulo passará de 7,9% para 15,1%, e no Brasil irá de 6,2% para 10,1%, com um total de 4,2 milhões de beneficiários em planos de saúde e 986 mil beneficiários em planos dentários”, informou Erwin Kleuser, diretor de Relações com Investidores da companhia, por meio de fato relevante.

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A aquisição foi motivada pelo potencial de sinergia das duas empresas nas áreas médico-hospitalares, de despesas administrativas, de marketing e comerciais e já era tida como certa por analistas do mercado.


Até o terceiro trimestre, a Medial registrou alta de vendas, mas queda dos resultados operacionais. Entre julho e setembro, o número de beneficiários da Medial cresceu 7,5% em relação ao terceiro trimestre de 2008, totalizando 1,5 milhão em planos médico-hospitalares. Em planos odontológicos, a expansão foi de 97,2%, alcançando 303,9 mil beneficiários no período.


No terceiro trimestre, a empresa havia apresentado prejuízo de R$ 32,7 milhões, e de R$ 56,5 milhões no acumulado do ano. Metade do capital da empresa está no mercado de ações. Para melhorar o desempenho, a Medial iniciou em agosto um processo de reestruturação que visava a cortar custos e promover a integração das aquisições feitas pela operadora nos últimos meses. A consultoria Galleazzi & Associados estava à frente da operação.


Fonte: DCI

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A negociação entre as operadoras será submetida à aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), assim como às autoridades do sistema brasileiro de defesa da concorrência. Por meio de nota, a ANS alegou que não se pronunciaria por não ter sido comunicada oficialmente do negócio.


Concorrência


Na análise de Fábio de Souza Abreu, diretor executivo da AxisMed, consultoria especializada em gestão de saúde, a compra da Medial pela Amil deve afetar significativamente a concorrência no mercado de São Paulo, principalmente considerando-se a consolidação de duas antigas marcas que atuavam no mercado mais popular: Dix (antiga Amico) e Amesp, operadas por Amil e Medial. Ele também destaca o surgimento de uma grande rede hospitalar na região metropolitana de São Paulo, com a ação. “Essa consolidação também fortalece e homogeneíza a presença nacional da Amil nas grandes capitais do Brasil, colocando a Amil pari passu com Bradesco. O interior continua concentrado na Unimed”, analisa o consultor.


A concorrente Unimed Paulistana vê na aquisição uma oportunidade para alavancar as vendas. A operadora deve faturar R$ 2 bilhões em 2009 e R$ 2,2 bilhões em 2010, e diz que ainda é preciso esperar a aprovação da ANS e dos órgãos de defesa do consumidor até que a aquisição se efetive.


“Representa uma grande oportunidade, pois as empresas passarão por um processo de acomodação até voltarem ao mercado com força”, afirma Rafael Cavalcanti, diretor comercial da Unimed Paulistana.


Para o executivo, que se reuniu ontem com 300 corretoras para a apresentação do novo produto da empresa, paira um clima de frustração entre os vendedores a respeito da aquisição da Medial.


“O corretor terá menos um produto para vender”, afirma. “Mas posso atuar com ele e suprir a demanda.” A Unimed deve experimentar crescimento de 11,5% em relação a 2008, e vendeu, de janeiro a setembro, 157,4 mil planos de saúde – 75% mais que os 90 mil planos vendidos em 2008. O crescimento da Unimed deve continuar a ser orgânico, sem aquisições no momento.


 



 

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