Quando a higienização bucal não é feita corretamente, podem surgir uma porção de problemas: inflamações nas gengivas, formação de tártaros e cáries, mau hálito, dentes escurecidos e até mesmo a perda dentária. E não é só a saúde da boca que fica comprometida, “a higienização bucal é importante também para a saúde geral do organismo, pois a boca é a porta de entrada para doenças que afetam outras partes do corpo, por exemplo, pessoas que sofrem de problemas gengivais estão mais sujeitas a desenvolver arteriosclerose (formação de placas duras no interior das artérias) e consequentemente sofrer um derrame ou ataque cardíaco”, explica a cirurgiã-dentista Mara Lúcia Tarquínio Marinho, da Personaldent (SP). “Este cuidado também ajuda a preservar a cor, pois sabe-se que alguns tipos de alimentos que possuem corantes ou o cigarro mancham mais os dentes que contém maior quantidade de placa bacteriana”, destaca o cirurgião-dentista Newton Cardoso, da New Clinic (SP). A importância da higienização vai ainda mais longe. “Dentes perfeitos favorecem a digestão já que proporcionam uma assimilação mais perfeita e completa dos alimentos por meio da mastigação. Sem falar que a falta de dentes dá à fisionomia um aspecto de velhice precoce, já que eles dão forma e expressão ao rosto e à boca, além de serem indispensáveis a uma boa dicção”, esclarece a periodontista Simone Tolfo, gerente clínica e membro da equipe do Spa Odontológico (SP).
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Uma boa higienização bucal requer apenas alguns minutos, tempo que será revertido, como deu para notar, para uma melhor qualidade de vida e autoestima elevada. “Um sorriso bonito e saudável reflete uma vida cheia de saúde”, complementa a cirurgiã-dentista Rita Trindade, do Instituto Odontológico Rita Trindade (DF).
Para não ter desculpa, fizemos um roteiro bem bacana explicando como esta higienização deve ser feita. Mãos à obra?
1° passo: escovação
A pasta e a escova de dentes são indicadas de acordo com a necessidade de cada um, mas os modelos mais comuns são os com cerdas macias para não machucar as gengivas e com a cabeça pequena para alcançar os dentes que estão no fundo da boca. Para evitar o acúmulo e a proliferação de bactérias, a escova deve ser trocada a cada dois ou três meses. Com tantos modelos no mercado, o ideal é experimentar opções diferentes e aquele que trouxer maior conforto deverá ser o escolhido para entrar na rotina.
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O cirurgião-dentista Amílcar Fernandes (PR) aconselha o uso de creme na forma de gel, manipulado ou pré-fabricado. “Eles não contém em sua formulação a pedra pome (fundo branco), substância que provoca o desgaste do esmalte”, explica o profissional. Escove a língua, pois o acúmulo de bactérias nela pode provocar o mau-hálito ou fazer com que elas retornem para o dente”. E lembre-se que a escovação mais importante é a noturna (antes de dormir), pois durante o sono há uma diminuição do fluxo salivar.
O cirurgião-dentista Aonio Genicolo Vieira, da clínica United Smile Center (SP) ensina a fazer a escovação corretamente:
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2° passo: fio-dental
Para limpar as regiões entre os dentes, onde a escova não consegue remover os resíduos alimentares e a placa bacteriana, deve ser usado o fio dental, sempre deslizando-o apenas entre os dentes para promover a limpeza da região sem agredir as gengivas. “Dê preferência aos fios encerados, pois eles deslizam melhor nos espaços interdentários que apresentam atrito. Em superfícies dentárias perfeitamente lisas, os fios convencionais (sem cera) são suficientes. Existem também os “fios esponjados” e o 3 em 1, com ponta rígida, esponja e fio convencional para passar sob espaços reduzidos ou estreitos de pontes fixas”, alerta o Dr. Amílcar Fernandes (PR). Confira a maneira adequada de passar o fio dental.
3° passo: enxaguatório bucal
“Existem produtos que atuam inibindo a formação de colônias bacterianas e produtos com ação detergente que facilitam a desintegração da placa bacteriana já formada”, esclarece o Dr. Amílcar Fernandes. Neste último caso, os produtos podem ser utilizados antes da escovação, uma vez que facilitam a remoção da placa. Já aqueles que atuam inibindo a flora bacteriana podem ser utilizados logo após a escovação ou mesmo nos intervalos mais longos entre uma e outra. Além disso, proporcionam um hálito refrescante, mas sua ação não adianta se não realizarmos os dois passos anteriores (escovação e uso de fio dental).
A frequencia de uso varia de acordo com a formulação e indicação do produto e da necessidade de cada pessoa. Isso você só saberá ao ler o rótulo para certificar-se da indicação e modo de uso. “Fazer bochechos com enxaguatório antes de dormir é importantíssimo porque durante a noite, com a diminuição de salivação, ele surtirá mais efeito”, aconselha a especialista em implantes e prótese Adriana Golmia Montesanti (SP).
Fonte: Plastica e Beleza