Poucas pessoas relacionam dores de cabeça, problemas na coluna e até mesmo dificuldades emocionais com os dentes, mas há quem garanta que esses fatores estão todos interligados. Isso é o que prega a Bio Cibernética Bucal, ciência responsável por associar aspectos físicos bucais e seu comprometimento com o corpo todo.
-
-
Segundo a implantodontista Vânia Santos, essa ciência comprovou que os dentes não estão isolados, eles têm ligações com todos os órgãos do corpo e que por incrível que pareça, o lado psicológico pode até afetar o posicionamento dos dentes. “Por exemplo, nos casos de crianças que têm os pais separados, geralmente os dentes incisivos centrais são afastados”, considera.
Outro fator comum é a constatação de alterações na coluna causadas pela má oclusão. “A mordida inadequada causa uma compensação dos músculos do corpo, o que gera problemas no pescoço e até na coluna”, explica a especialista. Problemas periodontais, freqüentes principalmente em adultos, também podem afetar o coração. Segundo Vânia, as bactérias presentes na boca caem na corrente sanguínea e dessa forma podem causar problemas cardíacos.
Além disso, segundo a odontologista, aquela dor de cabeça que incomoda há tanto tempo sem motivo aparente pode ser resultado de uma disfunção da articulação da boca. “Às vezes as pessoas passam anos realizando outros tratamentos que não resolvem, porque a causa do problema está na boca”, observa.
-
-
As crianças também são afetadas por problemas bucais. Neste caso, conforme explica a especialista, resultado dos malefícios da falta de um acompanhamento odontológico adequado. “Crianças que respiram pela boca costumam ser hiperativas, ter dificuldades na escola e a correção desse déficit traz resultados expressivos”, esclarece.
Para a especialista é importante que a parte odontológica não seja menosprezada na hora de uma avaliação médica. “O tratamento em conjunto com as demais especialidades médicas consegue melhorar a qualidade de vida do paciente”, destaca.
Prevenção
Como em toda a área médica, o diagnóstico precoce continua a ser o melhor caminho para a cura. “Quando se começa a tratar cedo consegue prevenir e contornar problemas com mais facilidade”, explica Vânia.
Uma dica válida é aquela velha história de consultar o dentista no mínimo a cada seis meses. De acordo com a implantodontista, não existe uma idade específica de quando se deve começar a visita, mas é importante saber que hoje em dia já existe odontologia voltada para gestantes e bebês.
-
-
Vale lembrar ainda dos benefícios financeiros do trabalho preventivo. “Precisamos quebrar esse estigma de que ir ao dentista é caro. Esperar o problema se instalar e ter que consertar depois certamente é mais caro e difícil”, garante a especialista.
Fonte: Reporter Diário
