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Disfunção mandibular pode causar enxaqueca e zumbido

A TMJ é uma junta complicada que liga a mandíbula inferior ao osso temporal do lado da cabeça

Uma pessoa tem enxaquecas, outra zumbido nos ouvidos, uma terceira tem estalos da mandíbula, uma quarta tem dor dos lados da cabeça e do pescoço. Todos são suspeitos de ter desordem temporomandibular.

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Até três quartos dos americanos têm um ou mais sintomas do problema, muitos deles vêm e vão, e desaparecem sozinhos. Especialistas de Boston estimam que apenas de 5% a 10% das pessoas com sintomas precisam de tratamento.


Popularmente chamada de TMJ (ATM), a desordem temporomandibular, na verdade, representa uma classe mais ampla de problemas de dor na cabeça que podem incluir a junta em que a mandíbula superior encontra a inferior, os músculos envolvidos na mastigação e os ossos e músculos relacionados a cabeça e ao pescoço.


Mas com frequência, dizem especialistas, os pacientes não conseguem ter o problema examinado de forma abrangente e passar por terapias caras e às vezes irreversíveis que podem fazer pouco ou nada para aliviar os sintomas. Como cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa Dental e Craniofacial escreveram recentemente, “quanto menos melhor para tratar desordens TMJ (ATM)”.

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A TMJ (ATM)é uma junta complicada que liga a mandíbula inferior ao osso temporal do lado da cabeça. Ele tem uma curva e faz um movimento deslizante. Quando a boca abre, as partes finais arredondadas, ou côndilos, da mandíbula inferior deslizam pelos buracos dos ossos temporais. Os músculos estão ligados tanto à mandíbula quanto aos ossos temporais, e um leve disco entre elas absorve choques à mandíbula de correntes da mastigação e outros movimentos de mandíbula.


Pensava-se que os problemas de TMJ (ATM)fossem decorrentes de oclusão dental defeituosa ¿ desalinhamento de dentes inferiores e superiores ¿ e posição imprópria da mandíbula. Isso fez com que o foco fosse na substituição de dentes faltando e na colocação de aparelhos nos pacientes para realinhar seus dentes e mudar a forma como as mandíbulas se juntam.


Mas outros estudos revelaram que a oclusão defeituosa era uma causa rara de dor facial e outros sintomas temporomandibulares. Em vez disso, como especialistas em Boston escreveram recentemente no The New England Journal of Meicine, ‘a causa tem vários fatores biológicos, comportamentais, ambientais, sociais, emocionais e cognitivos, sozinhos ou combinados, contribuindo para o desenvolvimento de sinais e sintomas de desordens temporomandibulares’.


De acordo com a Academia Americana de Dor Orofacial, a desordem “geralmente envolve mais de um sintoma e raramente tem uma só causa”.

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Entre as causas ‘mecânicas’ que agora são reconhecidas como responsáveis por distorcer a função da TMJ (ATM)são congênitas ou anomalias desenvolvidas da mandíbula; deslocamento do disco entre os ossos da mandíbula; inflamação ou artrite que faz a junta se degenerar; dano raumático à junta (às vezes só de abrir muito a boca); tumores; infecção; e fraqueza excessiva ou firmeza da junta.


Mas o problema mais comum de TMJ (ATM)é conhecido como desordem de dor miofascial, problema neuromuscular dos músculos da mastigação caracterizado por uma dor aguda e frequente dentro e em volta do ouvido que pode ir para o lado ou para trás da cabeça ou descer para o pescoço.


Quem tem essa desordem deve ter músculos da mandíbula frágeis, estalos no ouvido ou barulhos de estalos na mandíbula, ou ter dificuldade em abrir e fechar a boca. Atos simples como mastigação, falar excessivamente ou bocejar podem piorar os sintomas.


Hábitos que irritam as mandíbulas, como trincar os dentes ou mandíbulas, ranger os dentes à noite, morder os lábios ou unhas das mãos, mastigar chiclete ou morder um lápis, podem piorar o problema ou fazê-lo durar mais. Fatores psicológicos também influenciam, principalmente depressão, ansiedade ou estresse.


A esmagadora maioria de pessoas com sintomas TMJ (ATM) são as mulheres. Mulheres representam até 90% dos pacientes que buscam tratamento, explica Leonard B. Kaban, chefe de cirurgia oral e maxilofacial no Massachusetts General Hospital em Boston. A maioria dos pacientes é adulta de meia-idade, segundo escreveram num artigo de jornal ele e dois especialistas dentais, Steven J. Scrivani e David A. Keith.


Fonte:JBonline

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