-
-
Zaíra Barros*
Este é o título do cartão de Natal de minha empresa. Não por acaso, mas vou tentar, nesse espaço, explicar o porquê de incitar as pessoas a fazerem diferente: porque o mundo atual, no formato em que a sociedade nele se relaciona, está se tornando virtual demais para ser nada menos do que o lar do ser humano.
Explicando: há tempos, graças à tecnologia, o modo de se relacionar mudou, gerando troca de informações globais por meio da internet e de seus gadgets, aplicativos e recursos infinitos – e-mails, blogs, sites, Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp… Tudo reconfigurando as relações pessoais.
-
-
Aposentam-se a caneta (coisa de jornalista, que nunca larga a sua) e a leitura do jornal impresso, que vem provocando enorme crise mundial com os títulos mais tradicionais migrando para modo digital – e a consequente e desastrosa demissão de profissionais competentes.
Não é brincadeira. No mundo todo, um bilhão de pessoas está conectada às redes sociais. Deste total , 105,1 milhões estão no Brasil (4º lugar). E mais, o Twitter abocanha 200 milhões de usuários, o Linkdin, 120 milhões de perfis, e o uso móvel da rede já está superando o acesso por computadores. Esses dados são da União Internacional das Telecomunicações (UIT, em inglês).
Ou seja, quem não está na rede está fora do globo terrestre. Mas, como tudo, esse superdimensionamento tem um lado obscuro e preocupante que já rendeu graves problemas, como a exposição excessiva e suas consequências de situação-limite, ocasionando até mortes trágicas de adolescentes, assassinados (em Sombrio, SC) ou que se suicidaram (em Veranópolis, RS), apenas para citar dois casos.
Os próprios sites de relacionamento acabam de ganhar novos formatos. O aplicativo Lulu, em que os homens recebem notas e são avaliados pelas mulheres, já se popularizou e enfrenta problemas na Justiça, com ações de quem não concorda em se ver despido mesmo que seja de vaidades.
-
-
E a evolução dos computadores não para. A última se refere a pedido de uma empresa instalada nos Estados Unidos para patentear uma peruca inteligente, que esconde um sensor, uma unidade de controle e uma interface de comunicação, tudo isso conectado sem fio ao smartphone, que avisaria o usuário sobre a entrada de mensagem ou chamada telefônica. A engenhoca também prevê localização via satélite, uso de ultra-som para detectar objetos ao redor e apontador laser. Dizem os especialistas que os computadores de vestir são uma tendência e vieram para ficar e facilitar o dia a dia.
E por falar nisso, você já se fotografou hoje? Caso não tenha praticado o que ganhou o nome de selfie (sim, esse nome existe e está registrado no Oxford Dictionary Online), você está por fora. Mais: você não existe!
De todo o exposto, o que se vê é a exacerbação da vaidade, da privacidade e mesmo da arrogância. Já notaram como as pessoas se inflamam nos compartilhamentos que tenham um mínimo de polêmica? Ficam agressivas, xingam, viram coletivo naquele pequeno espaço do post noFacebook ou em outras páginas das redes sociais. Coisas que jamais seriam ditas cara a cara, numa conversa pessoal.
Das tecnologias tem-se que aproveitar o melhor, todas as oportunidades que elas nos oferecem para alcançar públicos nunca antes imaginados e possíveis, dar visibilidade ao que realmente importa para sua profissão, fazer chegar ao seu cliente-paciente seus serviços – e para isso eles devem realmente ser ótimos e corresponder à verdade digital.
O mundo digital é para os fortes, não é de brincadeira nem passageiro. Por isso, o “reinvente-se”. Para encarar essa nova realidade que vivemos, mas sem deixar de lado os valores humanos de lealdade, ética e atenção ao próximo.
Em 2014, reivente-se!
Espiritualize-se para materializar seus sonhos.
Humanize-se para ter paz de espírito.
Creia que há homens de boa vontade.
Ame para a vida valer a pena.
Lute por aquilo que considere justo e ético.
Encare os problemas de frente e vença-os.
Que suas ações sejam um fator de transformação em suas relações, no ambiente, em todo o universo.
Construa a sua felicidade.
Boas festas a todos.