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Entrar ou não entrar com seu filho no consultório Odontológico?

Conversa conjunta entre pais, profissional e criança é fundamental no inicio do tratamento

Nem Freud conseguiria ajudar na polêmica em torno desta questão. Muitas mães me perguntam e a resposta fica tão difícil quanto o dilema em si, pois cada profissional odontopediatriatem uma postura diferente de trabalho que deve ser respeitada. Com o tempo adquirimos métodos próprios de atendimento que são definidos pela experiência profissional de cada um e cabe aos pais decidir qual deles se identifica mais ou está mais próximo daquilo que acreditam ser bom para seus filhos.

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Não existem regras nem verdades absolutas no que se refere a mães estarem ou não com seus filhos durante o tratamento. O que acontece é que dificilmente uma mãe estará auxiliando o dentista num tratamento complicado, ao contrário, normalmente fica envolvida com as feições de sofrimento da criança e o mesmo ocorre com a criança, que acaba criando forças para “pular cadeira abaixo”, apoiada no olhar penalizado da mãe.


Logo na primeira consulta, é imprescindível uma boa e longa conversa entre o profissional e os pais, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e para que haja um comprometimento de confiança.


Quando a criança é muito pequena o “condicionamento” pode ser feito no colo dos pais, para que se sintam mais seguras. Aos poucos os pais começam a aguardar na recepção e os filhos naturalmente entram sozinhos. Sou a favor deste método porque se a criança tem pouca idade e ainda não tem confiança no profissional, pode iniciar um choro por puro medo do desconhecido e os pais ficam do lado de fora da sala apavorados, sem saber se estamos “matando” ou não seus bebês. Outra razão que considero, pelo fato de ser mãe também, é que temos curiosidade quanto aos métodos usados pelos profissionais que ainda não conhecemos pessoalmente. Depois de participar da primeira consulta, já podemos avaliar se estamos de acordo ou não, com o tipo de conduta que será usada com nossos filhos. Acho justo que exista este tempo e esta liberdade, mesmo que muitos odontopediatras sejam rigorosamente contra.

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Lógico que já recebi no consultório algumas mães que me fizeram reavaliar estes conceitos e em alguns momentos confesso ter ficado mortalmente arrependida em tê-las deixado entrar. Mas não acho justo fazer com que as mães normais paguem pela loucura das mais alteradas, portanto continuo achando que ainda vale à pena.


Converse sempre a respeito de seus medos, dúvidas e inseguranças com seu dentista, aos poucos vocês acharão um ‘meio termo’ para que tanto a família quanto o profissional sintam-se confortáveis e consigam juntos ter sucesso com a parte principal de toda essa história, seu filho!



Fonte: Revista Crescer

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