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O professor esclarece que, entre as possíveis explicações para essa relação está a questão do papel ‘calmante’ tanto da chupeta na infância, como do cigarro em uma idade mais avançada. “Outra possibilidade seria possíveis implicações psicológicas, defendidas por artigos mais antigos. O fato observado ainda estaria ligado à teoria que diz que eventos ocorridos na infância podem ter efeitos significativos em episódios de maus hábitos e doenças crônicas no decorrer de toda vida, uma teoria conhecida como ‘life course theory – teoria do curso de vida’.”
O artigo foi publicado no periódico internacional European Addiction Research, e pode ser acessado emwww.karger.com/Article/Abstract/365351
Mais recentemente, a autora investigou o mesmo assunto para sua tese de doutorado agora em outra população da cidade de Bom Despacho , Minas Gerais, em ex-pacientes de seu consultório que haviam sido atendidos no ano 2000. “A mesma associação entre o uso prolongado de chupeta e o tabagismo foi encontrada. O artigo desse novo estudo ainda está em fase de redação”, conta Fausto.
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Apesar de as duas pesquisas conduzidas pelo grupo terem mostrado essa associação, o pesquisador destaca que ainda são necessários mais estudos para confirmar esses achados. “Os trabalhos realizados por nosso grupo são de coorte histórica, que acompanham o paciente ao longo do tempo. No entanto, como os dados de uso de chupetas foram obtidos em prontuários odontológicos (e não para finalidade específica de pesquisa), a qualidade da coleta dessas informações pode não ser tão confiável. Portanto, novas pesquisas com um melhor delineamento experimental são necessárias para confirmar os achados, assim como para entender melhor os mecanismos por trás dessa associação”.
Fonte: APCD