A crise atrapalhou o desempenho da indústria médico-hospitalar e odontológica em 2009. No ano passado, o setor faturou R$ 6,9 bilhões no Brasil, uma queda de 4,9% em relação ao ano anterior. A turbulência econômica prejudicou o segmento ao manter o crédito escasso, provocar o corte de gastos do mercado e a contração nos investimentos para a aquisição de máquinas e equipamentos.
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Segundo levantamento do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), sob encomenda da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (ABIMO), a valorização do real também interferiu nos negócios. Com exportações de US$ 541 milhões e importações de US$ 2,8 bilhões, a balança do setor fechou o ano com déficit de US$ 2,2 bilhões.
As expectativas para o segmento em 2010, no entanto, são positivas. A indústria aposta em crescimento de 13% no faturamento, fruto, entre outros, dos investimentos que foram mantidos. A estimativa leva em conta aumento de 7,5% na produção, o reajuste dos preços e a variação da inflação, além de um crescimento do PIB provavelmente acima de 5%.
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“As importações também demonstram que há demanda interna e o país tem muito para crescer. Com o avanço tecnológico constante das empresas, a indústria nacional tem capacidade de minimizar a dependência externa. Basta que o Estado utilize seu poder de compra e crie uma política de concorrência mais justa”, disse o presidente da ABIMO, Franco Pallamolla.
Ainda de acordo com o executivo, o ano eleitoral deve dar fôlego extra para o setor por fomentar a aplicação de recursos em projetos para a área da saúde.
Fonte: Época NEGÓCIOS Online
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