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Gestão de pessoas e o planejamento estratégico na área de saúde

Maria José Carvas Pedro


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*Maria José Carvas Pedro


Se para a área da saúde já é bem difícil imaginar que sua atividade profissional é um empreendimento; que este depende diretamente do desempenho de pessoas. O que dizer então quando abordamos a necessidade destas estarem atuando de acordo com o planejamento estratégico.


Converso muito com meus colegas, pois é destas conversas que percebo o que eles querem entender em termos de gestão.

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Num desses diálogos um colega me questionou a importância do planejamento estratégico, para um consultório de apenas um profissional!!!!! Eu planejo e eu faço, foi a resposta que ele deu. Neste instante questionei: como você planeja; o que você planeja; a curto ou longo prazo; qual o resultado que você espera; qual o custo que isso envolverá; e fui perguntando e ele me olhando como quem diz….”nunca pensei que isso fosse tão importante”.


Vejamos então o porquê o planejamento estratégico não só é importante como fundamental na gestão de pessoas


Um projeto só é levado adiante quando as pessoas envolvidas acreditam nele e se comprometem a batalhar pelo seu êxito. As pessoas precisam entendem o porquê elas foram convocadas a participar de um projeto. Nem que este projeto seja entre o único profissional e sua única secretária. Este projeto pode ser a alavancagem de uma agenda de clientes.


Estudos atuais mostram exaustivamente que o empenho (nem que seja de uma única pessoa) sempre acaba revertido em bons resultados; mantendo este profissional no tão competitivo mercado de trabalho.
Mas o que é realmente um planejamento estratégico, para a área da saúde?
É encontrar prioridades e com elas as ferramentas necessárias para ir de encontro ao sucesso do resultado. Muitas vezes o profissional encontra-se tão distante dessa realidade, que a ajuda de uma consultoria especializada para torna-lo forte e competitivo, pode ser a única solução. Fazer planejamento estratégico não é tão simples como pode parecer.
Consiste basicamente em entender o mercado que ele está inserido; não só buscar saber o que este mercado está pedindo no momento, mas principalmente o que poderá necessitar num futuro. Como seus concorrentes estão atuando; quais as soluções que o mercado está apresentando; o que precisa mudar no seu consultório; o que precisa melhorar. Tudo isso dentro de um contexto da área que ela atua e num mais amplo que seria as influências que a globalização pode gerar no seu micro sistema.
Após está compreensão, o profissional deverá treinar toda a sua equipe, motiva-la e envolve-la no sucesso da implantação do planejamento estratégico. Sem isso não há como o profissional se manter dignamente no tão concorrido mercado de trabalho.
Fala-se muito que a atual situação crítica pela qual passa a área da saúde é uma conseqüência direta do aumento do número de faculdades. Só que há um bom tempo que muitas faculdades não conseguem nem fechar turmas; então seria só esse o problema? Claro que não! Se o profissional se entender como empresário, se comportar como tal e isso inclui fazer um bom planejamento estratégico (se for o caso com consultores) e principalmente saber passar tudo para a sua equipe de colaboradores. Que só é possível se houver em sua mente um forte conceito de gestão de pessoas
Talvez a situação mais comum pelo quais os colegas mais me procuram é para perguntar sobre a aposentadoria. Lamentavelmente eles questionam quando já estão até com mais de 30 anos de profissão. Isso é um exemplo de planejamento estratégico básico!!! Pensando bem, se não houver um planejamento do presente dificilmente o profissional conseguirá ter um futuro tranqüilo. Planejamento estratégico é muito mais que entender e buscar soluções para o presente, é acima de tudo planejar o futuro.
Lembro de quando inaugurei a minha empresa. Tinha um planejamento estratégico para 5 anos, qual não foi a minha felicidade ao perceber que atingi as metas em 3 ½ anos. Isso foi fantástico! Durante todo esse período buscava me superar a cada dia, a alcançar a meta, enfim é gratificante perceber que você não só ficou no mercado como está conseguindo de forma tranqüila, por isso não consigo imaginar colegas que trabalhem sem essa dobradinha: “gestão de pessoas e planejamento estratégico”.
Agora pergunto: o mercado que atuo é o mesmo de tantos colegas, então onde está a crise? Será que a crise não é pessoal? Não será uma conseqüência de não percebermos que estamos trabalhando sem uma meta, sem rumo, sem planejamento?
Concluindo, se somar um bom planejamento estratégico e este aplicado num forte treinamento de gestão de pessoas, os resultados acontecerão fatalmente.

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* Sobre a autora:


Dra. Maria José Carvas Pedro
Cirurgiã-Dentista, Pós em Ortopedia, Homeopatia e Reabilitação Neuroclusal
MBA’s, mestrado e Doutorado em Administração de Empresas
Diretora da BiteRight – Consultoria (www.biteright.net)
Autora do livro Gestão de pessoas aplicada a área da Saúde


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