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Inovação Dental II – Cimento reparador

tratamentos de perfurações das paredes do canal da raiz do dente, obturação da ponta da raiz dentária e como selador em quadros que o dente passa a ser absorvido pelo próprio organismo

Cimento reparador 
Barreira mineral – Também sediada em São Carlos, a Binderware espera colocar no mercado ainda este ano o cimento reparador chamado de aluminoso e desenvolvido sob a coordenação do professor Victor Carlos Pandolfelli, da UFSCar. O produto, que teve a patente licenciada pela universidade, foi batizado de EndoBinder. Ele é formado por uma composição à base de cimento de aluminato de cálcio (óxidos de alumínio e cálcio) com alta pureza misturado a aditivos que permitem aplicações na área da endodontia. “Até o momento, nosso cimento tem sido usado com sucesso em três casos clínicos: tratamentos de perfurações das paredes do canal da raiz do dente, obturação da ponta da raiz dentária e como selador em quadros que o dente passa a ser absorvido pelo próprio organismo. Nesse caso, o cimento cria uma barreira de proteção na região da absorção”, explica o engenheiro Hebert Rossetto, um dos sócios da Binderware.

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“O EndoBinder é um agregado mineral que representa uma nova geração desse tipo de material ”, diz a engenheira Tathiana Moreira, diretora da Binderware. Segundo ela, o produto tem menor tempo de endurecimento do que o material usado no tratamento convencional, sua coloração é naturalmente branca, próxima à da estrutura dental, tem porosidade reduzida e possui boa resistência a compressão. A empresa começou a operar no início do ano passado na incubadora ParqTec, de São Carlos, e em dezembro último instalou-se em sede própria.


Criada em dezembro de 2007, a ProtMat aguarda o aval da Anvisa para comercialização de seus blocos cerâmicos usados para fabricação de pilares intermediários e próteses dentárias. Pilares são conectores entre implantes – os pinos introduzidos no osso – e a prótese. Os materiais cerâmicos escolhidos têm compostos de zircônia estabilizada com ítria ou alumina. A zircônia é uma cerâmica sintética fabricada a partir do minério zirconita. “A zircônia estabilizada com ítria é uma das cerâmicas com maior resistência à fratura. Além disso, ela possui boas características para sua aplicação como componentes de próteses dentárias, boa adesão com cerâmicas de recobrimento de próteses, porcelanas e excelente translucidez”, destaca o engenheiro Claudinei dos Santos, professor do programa de pós-graduação da Escola de Engenharia de Lorena da USP e sócio da ProtMat junto com o professor Carlos Elias, do Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro.


O desenvolvimento desse novo ma­terial cerâmico ocorreu durante o projeto Jovens Pesquisadores, da FAPESP, finalizado em setembro de 2008. “O objetivo do projeto era criar no país pilares intermediários de material cerâmico para serem utilizados em sistemas de implantes dentários”, explica Santos. “Esses pilares são usualmente metálicos, o que traz o inconveniente de reduzir a qualidade estética das próteses, pois escurecem quando observadas contra a luz. A ideia foi substituir esses pilares metálicos por cerâmicas de alta resistência mecânica que tivessem boa aparência. Criamos, então, os blocos cerâmicos de zircônia que são usinados e transformados em pilares ou nas próprias próteses.”

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A partir das imagens digitalizadas de modelos de um dente, por exemplo, um software determina todos os parâmetros necessários para fabricação da peça. “Nossa empresa verificou que num futuro próximo vários centros de usinagem protéticos irão se instalar no Brasil. Assim poderemos fornecer materiais cerâmicos com propriedades mecânicas e preços competitivos para suprir o consumo desses centros”, diz Santos.


 


Os Projetos


1. Desenvolvimento e caracterização de pilares cerâmicos biocompatíveis à base de compósitos ZrO2-Al2O3
2. Desenvolvimento de processo otimizado e economicamente viável para a produção de biosilicato para tratamento da hipersensibilidade dentinária

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Modalidades


1. Programa Jovens Pesquisadores
2. Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa (Pipe)


Coordenadores


1. Claudinei dos Santos – USP
2. Christian Ravagnani – Vitrovita


Investimento


1. R$ 233.935,00 e US$ 1.280,00 (FAPESP)
2. R$ 416.231,85 e US$ 121,64 (FAPESP)


Fonte : Revista Fapesp

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