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Kassab suspende contrato com IABAS que seria responsável pelas AMAS Sorriso em São Paulo

Contrato foi suspenso por suspeitas de irregularidades

A gestão de Gilberto Kassab (DEM) suspendeu, na segunda-feira (14/12), um contrato milionário, feito sem licitação, com uma entidade que prestaria serviços odontológicos na Capital. O acordo, de R$ 15,8 milhões, foi suspenso após a Secretaria Municipal da Saúde ser informada pelo jornal Agora de que o ex-secretário-adjunto da pasta, Ailton de Lima Ribeiro, faz parte da diretoria da organização.

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A secretaria afirma que foi “surpreendida” com a ligação de Ribeiro com o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde). O nome dele, porém, está publicado no site da organização, que o coloca como “diretor de gestão em saúde pública”. Após ser procurado pela reportagem, no entanto, o Iabas retirou o nome do ex-secretário do ar. Depois de ser questionada, a organização voltou atrás e republicou o nome no site.


Secretaria não explica suspensão


A Secretaria Municipal da Saúde não explicou os motivos da suspensão. A pasta só informou que estava “surpresa” por um ex-dirigente do alto escalão ser da diretoria do Iabas.

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Instituto lamenta decisão


A suspensão do contrato também surpreendeu os representantes do IABAS (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde). O presidente da entidade, Luciano Artioli Moreira, disse ontem que “lamenta a situação” e que torce por um “desfecho positivo”. Ele confirmou que a participação do ex-secretário-adjunto Ailton de Lima Ribeiro se limitou ao projeto desenvolvido no Rio de Janeiro –a entidade tem contrato com a prefeitura carioca para administração de duas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento).


Apesar de assegurar a lisura da escolha, Moreira não contestou a postura adotada pela gestão. “Acho que, se há qualquer suspeita, a prefeitura está mais do que correta em fazer isso [suspender o contrato]. O mais importante é que esse projeto seja colocado em prática, com ou sem o IABAS. É mais do que tempo de São Paulo dar exemplo de cobertura de assistência odontológica.” Pelo contrato suspenso ontem, o Iabas receberia cerca de R$ 4 milhões por ano para comandar cada uma das quatro primeiras AMAs Sorriso.


A entidade foi criada, segundo Moreira, “há cerca de dois anos e meio” com a convicção de que o modelo apresentado traria benefícios à vida do paulistano com atendimento odontológico de qualidade. “Nós constituímos a OSS [Organização Social de Saúde] com a finalidade de alavancar ações utilizando nosso expertise”, afirmou o presidente.

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Fonte: Jornal Agora

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