A osseointegração descoberta pelo Prof. P.I. Branemark na década de 50 do século passado, aplicada pela primeira vez em Odontologia em 1965, e lançada no mundo acadêmico em 1982, inaugurou na Odontologia uma nova fase de planejamento cirúrgico-protético com o objetivo de reabilitar pacientes totalmente desdentados, chamados de inválidos orais e, posteriormente, os parcialmente desdentados.
Na sequência, no final da década de 90, novas técnicas como a carga imediata e a fixação zigomática tiveram seus lançamentos oficiais como alternativas de planejamento para diminuir o tempo de reabilitação funcional do paciente e para reabilitar pacientes sequelados ou que não tinham tido sucesso nos implantes e nos enxertos ósseos, respectivamente.
Cada uma das fases sempre foi precedida de pesquisas in vitro, em animais experimentais e de aplicação clínica controlada em humanos. A busca da evidência científica sempre foi uma marca do Prof. Branemark e de seus colaboradores.
Com o passar dos anos, a Implantodontia desenvolveu-se e, dos cursos iniciais de credenciamento, passaram a existir no Brasil os cursos de especialização e os cursos de pós-graduação nos níveis de Mestrado e Doutorado. No momento atual, grande número de Faculdades de Odontologia já ministra a Implantodontia na grade curricular como disciplina independente e com corpo docente próprio. Toda esta evolução foi fruto da confiança que as evidências científicas sobre a Implantodontia despertaram no mundo acadêmico.
A partir do momento em que o mundo universitário brasileiro absorve e metaboliza uma especialidade como a Implantodontia, cria-se uma massa crítica de conhecimento adquirido originada no estudo dos conceitos iniciais e, acima de tudo, estimula-se novos campos de estudo e novas metodologias na busca de conhecer mais e mais sobre essa área infindável de pesquisa. Paralelamente a este movimento acadêmico-científico, novos professores destacam-se e a literatura odontológica brasileira estabelece sua identidade com obras didáticas importantes não só para difundir o conhecimento para os cirurgiões- dentistas mas, acima de tudo, para servir de roteiro de estudo para os graduandos.
Este livro, “Prótese sobre implante. Baseado em evidências cientificas”, que tem como autores Eduardo Piza Pellizzer, Estevão Tomomitsu Kimpara e Eduardo Miyashita, reflete muito bem o momento de divulgação de conhecimentos adquiridos e que precisam ser compartilhados com os profissionais que militam na Odontologia e com os acadêmicos que estão em busca de conhecimento. Os autores, pela atuação intensa e frequente dos eventos científicos, dispensam apresentações, mas merecem nossa reverência por tudo que já construíram na área da Prótese e da Implantodontia.
O conteúdo da obra tem um desenvolvimento didático que se inicia com os conceitos e a fundamentação científica da prótese sobre implantes com ênfase no planejamento reverso. Na segunda parte, oferece subsídios clínicos e laboratoriais desde o exame do paciente até a busca pela estética e inovações tecnológicas, como o CAD/CAM, sem se esquecer da chave do sucesso para as reabilitações bucais, que é a oclusão. E, na terceira parte, enaltece a importância da manutenção das próteses sobre implantes no sentido de lhes dar longevidade.
Sem dúvida, é uma obra que não traz dicas e soluções mágicas, mas que tem o objetivo de esclarecer e dar consistência aos profissionais que militam a Implantodontia.
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SUMÁRIO
- CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
- CAPÍTULO 02 – PLANEJAMENTO REVERSO EM IMPLANTODONTIA
- CAPÍTULO 03 – COMPONENTES PROTÉTICOS
- CAPÍTULO 04 – SISTEMAS DE CONEXÃO E RETENÇÃO EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
- CAPÍTULO 05 – FUNDAMENTOS BIOMECÂNICOS EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
- CAPÍTULO 06 – FUNDAMENTOS BIOMECÂNICOS EM OVERDENTURES E PROTOCOLOS
- CAPÍTULO 07 – EXAME DO PACIENTE
- CAPÍTULO 08 – MATERIAIS UTILIZADOS NAS REABILITAÇÕES COM IMPLANTES
- CAPÍTULO 09 – TÉCNICAS DE MOLDAGEM EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
- CAPÍTULO 10 – ARTICULADORES E REGISTROS INTERMAXILARES
- CAPÍTULO 11 – MANIPULAÇÃO TECIDUAL PARA OTIMIZAR A ESTÉTICA PERI-IMPLANTAR
- CAPÍTULO 12 – USO DA TECNOLOGIA CAD/CAM EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTES
- CAPÍTULO 13 – PROTOCOLOS DE CARREGAMENTO EM IMPLANTODONTIA
- CAPÍTULO 14 – PRINCÍPIOS DE OCLUSÃO EM PRÓTESES SOBRE IMPLANTES
- CAPÍTULO 15 – CASOS CLÍNICOS
- CAPÍTULO 16 – LONGEVIDADE, CONTROLE E HIGIENIZAÇÃO
- CAPÍTULO 17 – COMPLICAÇÕES PROTÉTICAS EM TRATAMENTOS COM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS
Serviço:
Lancamento: abril 2016
Editora Napoleão
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Fonte: Editora Napoleão.