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Liderança e ambiente de trabalho positivo

Autores: Nísia Teles e Prof Ms Rubens A Zimbres

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O que um ambiente de trabalho positivo pode produzir? Funcionários animados, participativos e eficiência de tarefas.

 

É de grande importância que os funcionários de uma clínica odontológica estejam em sintonia, felizes e que tenham momentos descontraídos, para que seja transmitida ao cliente uma experiência positiva, carregada de uma energia contagiante. Contudo, essa descontração deve seguir certos limites impostos pelo líder do negócio. A liderança emanada pelo empreendedor pode ser de vários tipos:

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– liderança transacional, que ocorre quando o líder se orienta por metas estabelecidas, avaliações de desempenho, esclarecendo os requisitos dos papéis e das tarefas. Esse tipo de liderança funcionava bastante em épocas passadas, em estruturas de negócio com uma hierarquia bem definida, muito burocráticas. Esse tipo de liderança, às vezes até mesmo opressiva, tende a inibir um pouco a potencialidade dos funcionários. É o caso de empresas grandes, onde todos são orientados para metas e prazos, sofrendo constante pressão. Um exemplo desse tipo de liderança são empresas grandes orientadas para a produção em massa, como montadoras de automóveis, que vendem produtos.

 

– liderança transformacional, que ocorre quando o líder tem o poder de motivar as pessoas pela sua simples presença e energia. Esses líderes fazem com que as pessoas transcendam seus interesses egoístas no trabalho e trabalhem em prol do bem comum e do sucesso do negócio. Normalmente esse tipo de líder tem carisma, força e é auto-confiante, e inspira seus funcionários com seu otimismo. Longe de ser um líder bonzinho, é, antes de tudo, um realizador. Contagia os funcionários com seu comportamento cativante e é respeitado, desde que saiba impor limites à descontração da equipe. Para os funcionários, é um prazer ser bem visto por esse líder, pois ele acaba se tornando um modelo para a equipe. Logicamente, nem todas pessoas sabem os limites de diversão, respeito e profissionalismo. Logo, assim como esse líder pode ser o “paizão” da equipe, também pode se tornar uma pessoa rígida, dura e impor a todos sua vontade, pois é ele quem controla o negócio, e não seus funcionários.

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Um exemplo desse tipo de liderança é Bill Gates. Na Microsoft muitos vão trabalhar de bermudas, mas conscientes de suas responsabilidades. O mesmo ocorre com o Yahoo e Google. É também o caso de grandes líderes, como Amador Aguiar, do Bradesco, Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar e do Comandante Rolim, da TAM, ou seja, empresas de serviços, como a Odontologia.

 

Assim, favorecer um clima agradável é tarefa de todos, mas o exemplo dos líderes é muito importante. Até mesmo um funcionário pode ser um líder, em sua área de atuação. Me lembro de uma secretária que trabalhou para mim, que tinha personalidade forte. Algumas vezes discutíamos seriamente, cada um querendo impor seu ponto de vista e o resultado disso era um abalo no relacionamento profissional. Mas dias depois tudo voltava à normalidade, sem ressentimentos. Os pacientes a adoravam. Cabe aqui ressaltar que relacionamento profissional é diferente de relacionamento pessoal. Você pode ser amigo de seu funcionário e mesmo assim, chamar-lhe a atenção. São coisas diferentes, amizade e trabalho. Jamais confunda esses dois aspectos, sob pena de perder o controle sobre seu negócio. Não há nada pior do que um funcionário que exceda seus limites e comece a fazer o que bem entende no negócio.

 

O papel do relacionamento do dentista com sua ACD é importante. Estabelecer um tom amigável, mas respeitoso nas suas relações é necessário, senão se criará um clima tenso e desmotivante. É tão importante criar uma experiência para os funcionários, como é para eles criar uma experiência para os clientes. O negócio vive portanto num contínuo ciclo de feedback, onde o dentista orienta a ACD e secretária a atenderem bem o cliente e em troca, as funcionárias levam informações de percepção dos clientes até o dono do negócio, que pode então re-orientar sua estratégia.

Apoiar um local de trabalho descontraído mantém a equipe empenhada e motivada a fazer o melhor que puder. Além do exemplo de bom humor dos líderes, é necessário que motivem os funcionários simplesmente reconhecendo suas realizações. Reconheça e elogie sua equipe sempre que houver oportunidade. Mas, que seja um elogio natural, espontâneo. Mas não se esqueça também de cobrar a execução de tarefas com seriedade. Muitas vezes os funcionários podem se sentir desmotivados, pois ganham um salário fixo independente do movimento do consultório. Ou seja, se vier 1 paciente ou se vierem 100, os funcionários ganharão a mesma coisa. Assim, é bastante interessante que se implante uma política de remuneração variável, dependente das metas alcançadas pelo negócio.

Estimule o bom humor no atendimento através de reuniões mensais. Reconheça o bom humor do funcionário com o cliente e com os seus colegas de trabalho. Elogie a maneira como ele trata todos.

O clima de amizade e cordialidade entre a equipe favorece um ambiente de trabalho positivo. Insira a cultura do reconhecimento na sua clínica. Comece pela manhã elogiando alguma atitude positiva de determinado funcionário; Escreva um cartão de reconhecimento e o entregue.

Quando a equipe é valorizada e se pratica o reconhecimento, cria-se uma cultura na qual as pessoas se vêem fazendo as coisas certas, o comportamento desejado é reforçado e a excelência é elogiada.
Muitos sorrisos e sucesso !
Bibliografia

 

SALANCIK, G.R., PFEIFFER, J. The effects of ownership and performance on executive tenure in U.S. corporations. Academy of Management Journal, 23:422-437, 1980.
SCHEIN, E.H. Organizational culture and leadership. 2.ed. São Francisco: Jossey-Bass, 1992.
TICHY, N.M.. Managing Strategic Change: technical, political and cultural dynamics. New York: Wiley, 1983.

 

 


 

Prof Ms Rubens A Zimbres
Cirurgião-dentista formado pela Universidade de São Paulo em 1992, Oficial dentista R/2 da reserva da Força Aérea Brasileira, Pós-graduado pela Wolfram Research Inc, Illinois, USA, Mestre e doutorando em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Consultor da DR3 Consultoria., http://www.dr3.com.br, falecom@dr3.com.br

 

Nísia Teles
Graduada em Marketing pela UNESA; Experiência de 10 anos no mercado odontológico; Consultora de marketing; Desenvolve projetos de marketing sensorial para dentistas – http://www.markentista.com.br

 

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