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O que é ronco?

No ronco caracterizado por grandes vibrações e ruído intenso, além do desconforto provocado nos outros, existe a possibilidade de ocorrerem pequenas interrupções na respiração

 

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É um ruído produzido pela vibração dos tecidos moles da garganta, mais especificamente, a úvula – “campainha”. Para entender como ocorre, imagine um tubo que vai se estreitando e pelo qual o ar tenha de passar para ser inspirado. Quando ele percorre esse caminho, há um turbilhonamento que causa a o efeito sonoro característico.


Quais são suas causas?


O ronco pode ser ocasionado pela posição da pessoa ao dormir, geralmente de barriga para cima. Quando o indivíduo deita dessa maneira, a boca se abre e o queixo desloca-se para trás juntamente com a língua pressionando a garganta. Isso facilita a ocorrência do barulho. Em relação ao ronco rítmico, que não tem ligação com a postura ao deitar, são vários os fatores que influenciam, como adenóides e amígdalas muito grandes, alergias (rinites), desvio de septo e pólipos nasais. Diversos desses problemas provocam a obstrução do nariz e a pessoa respira pela boca. Mesmo obstruções menores podem obrigar a pessoa a desenvolver a respiração bucal, o que sempre representa uma solução ruim, embora necessária nesses momentos. O álcool e calmantes são outros motivos que podem gerar o ronco, pois levam ao relaxamento dos músculos da faringe. Por fim, a obesidade também contribui muito para o aparecimento do problema, pois a faringe é passível de infiltração gordurosa, e isso agrava a obstrução.

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Quais os riscos que o ronco traz à saúde?


No ronco caracterizado por grandes vibrações e ruído intenso, além do desconforto provocado nos outros, existe a possibilidade de ocorrerem pequenas interrupções na respiração – ocasionadas pelo fechamento das vias aéreas. E as conseqüências são quadros mais graves de sobrecarga cardiocirculatória, sonolência durante o dia, baixo rendimento intelectual, sexual e no trabalho, além de cansaço e irritabilidade persistente. A apnéia é um estágio avançado do ronco, quando há uma parada respiratória provocado pela obstrução da garganta durante o sono. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de respiração interrompida. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já está pobre em oxigênio.


 


Como chegar a um diagnóstico?

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A pessoa que ronca deve procurar orientação médica. O exame chamado polissonografia pode ser solicitado para auxiliar o diagnóstico. Este exame é feito em clínicas do sono, na qual a pessoa dorme e seu sono é monitorado durante toda a noite.


Quais são os tipos de tratamento?


Existem algumas modalidades de tratamento para o ronco e a apnéia do sono. Dentre elas estão o CPAP (máscara nasal), os aparelhos bucais de avanço mandibular e as cirurgias.
Associações entre essas terapias somadas à higiene do sono e fonoaudiologia são frequentemente utilizadas para potencializar os resultados.


Algumas considerações básicas sobre o tratamento do ronco e da apnéia do sono:


1. Embora diversos estudos estejam em andamento, nenhum medicamento é eficaz para o ronco a apnéia do sono;
2. Os aparelhos bucais de avanço mandibular são indicados para casos de ronco com índices menores que 5 por hora de sono, apnéia leve e moderada com índices menores que 30 por hora de sono e casos em que a pessoa não se adapta ao CPAP. Neste último, sempre com indicação médica prévia;
3. Uso da máscara nasal – CPAP é indicado para pacientes com apnéia grave – índices maiores que 30 por hora de sono;
4. O tratamento cirúrgico pode ser realizado em alguns casos bem específicos: correção de obstruções nasais e de desvio de septo e remoção de polipos nasais.


Higiene do Sono


A higiene do sono consiste de várias orientações passadas aos pacientes com o objetivo de promover um sono contínuo e eficiente. É muito utilizada em associação com quaisquer medidas terapêuticas (CPAP, aparelhos bucais, cirurgias) a fim de modificar hábitos inadequados com relação ao sono e melhorar a qualidade de vida.



1. Uma excelente idéia é estabelecer horários regulares para deitar e levantar. Caso haja necessidade de utilizar o despertador, dê preferência para o mesmo horário sempre e vire-o de costas para não controlar o passar das horas, pois traz ansiedade e o sono foge;


2. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas; Evite bebidas que contenham cafeína (café, refrigerantes, chá preto, chimarrão, achocolatados), pois estimulam o sistema nervoso central;


3. Evite fumar, pois a nicotina também tem efeito estimulante;


4. Os exercícios físicos devem ser evitados próximo ao horário de dormir, porém mantidos regularmente todos os dias;


5. Planejar tarefas para o dia seguinte antes de dormir traz ansiedade e preocupação. Organize tudo com calma até 3 horas antes de ir para cama;


6. Faça refeições leves antes de se deitar. Dê preferência a saladas, legumes e frutas;


7. Deixe o quarto bem escuro para favorecer o sono repousante. Evite lugares barulhentos e se possível regule a temperatura;


8. Evite remédios para dormir sem ter prescrição médica;


9. Evite dormir com fome ou sede e só vá para a cama com sono e saia dela se estiver sem sono;
10. Use a cama apenas para dormir e fazer sexo e elimine atividades incompatíveis com o sono, por exemplo: TV, notebook, telefone e lanches.



Dr. Fausto Ito é dentista especialista em Anatomia da Cabeça ICB/USP; Diretor do RioOdontoSono / ITO Clínica (RJ) e Membro da Sociedade Brasileira do Sono.


Site: www.rioodontosono.com.br

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