A Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Forp) da Unicamp recebe até hoje (31) os professores Jocelyne Feine e James Lund, da Universidade de McGill, em Montreal (Canadá), que vieram estreitar parceria em pesquisas e ministrar aulas para os alunos do Programa de Pós-Graduação em Reabilitação Oral. Nos intervalos, os pesquisadores também revelaram os novos rumos das pesquisas sobre dor crônica.
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Segundo Lund, as novas descobertas da ciência sobre a dor crônica indicam que ela é a causa de más-posturas da coluna e da posição mandibular inadequada, e não efeito dessas situações, o oposto do modelo teórico divulgado até há pouco tempo. “Dor nos músculos da mandíbula, nas articulações mandibulares, fibromialgia, dor crônica lombar, dor de cabeça tensional são todas muito similares. Uma pessoa com sensibilidade aumentada para a dor vai ter reflexos por todo o corpo. Essas condições ocorrem mais em mulheres na idade de ter filhos, mas ainda não se sabe o porquê dessas condições ocorrerem. O que se pode adiantar é que a idéia de que os dentes encaixados de forma insatisfatória, posturas de cabeça e das costas incorretas não são causas, mas os resultados da dor”, relatou o pesquisador.
Lund ainda afirmou que a ciência já sabe que, para suprimir a dor crônica, o sistema no cérebro não trabalha adequadamente e que, nesses casos, os estudos já mostraram que áreas associadas com a memória e o humor também são afetadas. “Conforme ficamos mais velhos nosso cérebro vai perdendo neurônios e com a dor crônica os perdemos mais rapidamente. A ciência sai da busca por simples causa da dor nos locais anatômicos para identificar causas no cérebro”.
Fonte: Jornal do site
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