Daniela Boleta, do curso de Odontologia, pesquisou com estudantes a eficácia do própolis no tratamento de afta. O estudo rendeu a elaboração de uma pomada que adere à mucosa, acelera o processo de cicatrização e diminui a dor causada pelas ulcerações
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Quem nunca sofreu com uma afta e ouviu todos dizerem que não há remédio? Com o objetivo de analisar o efeito do própolis no tratamento de aftas, a professora Daniela Boleta, com estudantes do curso de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR, Campus de Cascavel, testou e comprovou a eficácia da substância. Foi quando o grupo desenvolveu uma pomada de própolis.
A docente conta que a idéia de pesquisar sobre o própolis (composto resinoso produzido pelas abelhas para proteção da colméia) foi do formando Nícolas Renan Pensin, quando ainda estava no 2º ano. Participaram também da pesquisa as estudantes Caroline Lui, Danieli Peterson e Tatiane Statickevicz.
“Inúmeros trabalhos demonstram propriedades farmacológicas da própolis. Inclusive na área odontológica, estudos demonstram a utilização da substância para tratamento das aftas na forma de solução alcoólica”, diz a professora, acrescentando que os resultados obtidos nesta pesquisa foram surpreendentes.
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Com o estudo, ficou confirmado que a pomada de própolis em orabase acelera em 5% o processo de cicatrização das ulcerações aftosas recorrentes (média de 10 para 3 dias). Os pesquisadores também observaram uma significativa diminuição da dor descrita pelos pacientes e um prolongamento no tempo entre os episódios das lesões.
Considerando ainda que essas ulcerações acometem cerca de 20% da população, causando desconforto ao mastigar, deglutir e falar, surgiu a idéia de elaborar uma composição que ajudasse em casos de afta, tema já discutido pela professora nas aulas de Diagnóstico Bucal e alicerçado também em metodologias descritas por pesquisadores de diversas partes do mundo. A formulação foi feita pela farmacêutica Karin Pensin, que é egressa da UNIPAR.
“Ainda não existia pomada utilizando o própolis, principalmente uma que aderisse à mucosa, que é o caso da pomada formulada para a pesquisa”, emenda a professora, autora do artigo ‘Avaliação clínica do efeito de pomada de própolis em orabase para tratamento de ulcerações aftosas recorrentes’.
A pesquisadora menciona que embora a etiologia acompanhe o homem há milhares de anos, os tratamentos empregados nem sempre são eficazes: “A busca por terapias naturais se torna cada vez mais freqüente, como a utilização da própolis”.
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Fonte: UNIPAR