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Prosperidade e Odontologia Suplementar

Pensamento de  criatura da Odontologia Suplementar:
Porque os convênios pagam pouco, então:
• Só tem consulta para daqui a dois meses. Se for particular tem para ontem…
• As consultas são de meia hora e o material é da marca OMB (O Mais Barato).
• Não precisamos aguentar o beneficiário chato e exigente: paga menos que o preço de uma pizza de mussarela e quer faisão ao mel.
• Podemos induzir tratamentos que não faríamos em paciente particular. Precisamos de volume!
• Podemos dar uma “fraudadinha” para aumentar o faturamento, afinal eles estão nos roubando pagando tão pouco…
Resultado sob qualquer ponto de vista: miséria para todos.
Pensamento de Criador da Odontologia Suplementar:
O criador sabe que ser prestador na Odontologia Suplementar envolve tocar a mesma peça musical, a Odontologia, só que em outro instrumento. Isso exige aprender como tocá-lo e ter uma partitura transcrita para o mesmo. Odontologia Privada é diferente de Odontologia Suplementar e a diferença não está na qualidade, mas na gestão.
Cliente é cliente e cliente é gente. Se for particular ou de convênio, a diferença está na gestão financeira e operacional, mas nunca de qualidade clínica e no tratamento humano. Aquele ser humano está ali para tirar sua dor, para melhorar sua auto estima, para cuidar de seu bem mais precioso: a saúde. Não era disso que falava aquele famoso juramento feito no dia em que colamos grau?
O criador não tenta compensar a margem de lucro menor dos procedimentos pagos pelo convênio com  diminuições de custos do tipo: usar material de segunda, diminuir tempo de consulta abaixo do mínimo necessário, pular etapas clínicas, marcar consultas para bem longe, discriminar pacientes de convênio,
Sabe que essa é uma forma pouco inteligente de cortar custos pela simples razão de que isso o faz perder clientela pela insatisfação. Clientes são elementos de redes sociais (em suas igrejas, locais de trabalho, com seus próprios clientes se forem autônomos, no Orkut ou no Tweeter, no salão de cabeleireiro, etc.). Se maltratado, vai no mínimo fazer questão de espalhar sua insatisfação nas suas redes. O Cirurgião-Dentista que depende da boa repercussão de seu trabalho nas redes sociais de seus clientes, mesmo que sejam de convênio, vai ter perdas inimagináveis, pois o boca a boca vai se voltar contra ele, devorando sua credibilidade. Nisso perderá indicações de clientes  particulares, procedimentos não cobertos e outras oportunidades que uma boa rede de relacionamento na Odontologia Suplementar pode lhe dar.
A margem de lucro menor pode e deve ser compensada com um redesenho de todo o processo: da marcação de consulta à alta e retornos. É assim que empresas inteligentes e responsáveis diminuem seus custos sem perder clientes: revendo e inovando processos. Mas para isso teremos que criar competências, próprias e em equipe. Aliás, tudo começa aí, na alma das pessoas que trabalham juntas e que precisam acreditar que tudo isso é possível. Esse redesenho de olhares, esperanças e depois processos e formas de liderar faz parte do novo instrumento e partitura transcrita necessária para tocar na Odontologia Suplementar.
Criadores sabem negociar com os convênios porque entendem o modelo de negócios deles (afinal sabem que são parte desse negócio) e mantém com os mesmos um bom relacionamento, tomando tempo até para fazer uma visita à empresa. Não atendem todos os convênios que aparecem, mas focaliza aqueles realmente parceiros e que respeitam seu trabalho, mas sabe que esse é um processo que demanda tempo, num trabalho de cultivo, criando vínculos de confiança.
Fora disso é vida de criatura, que acredita que o problema está lá fora: na ganância dos convênios, no desinteresse da ANS pelo Cirurgião-Dentista, na inércia das entidades de classe, e em tantos outros bodes expiatórios que só a imaginação humana pode conceber. Nessa seara só resta esperar que os outros façam alguma coisa. A decisão é nossa, mas a vida não espera certo?
Se não houver essa transformação, sinceramente não devemos atender convênios, será um desastre. Dá trabalho? Muito, mas Odontologia Suplementar não é para gente mansa. Dá dinheiro? Dá mais do que dinheiro: dá satisfação, dá significado, mas isso depende exclusivamente do nosso modelo mental e de nossa atitude diante da vida. Tem riscos? Muitos, como qualquer coisa que valha à pena nessa existência, afinal viver é perigoso, já dizia Guimarães Rosa pela boca do jagunço Riobaldo.

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