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Recursos humanos em odontologia

É certo que as palavras têm força. Porém, muitas vezes são interpretadas por apenas um de seus significados. Sendo assim, começam a querer mudar a forma de falar como se, com apenas essa ação, fossem reparar erros.

É certo que as palavras têm força. Porém, muitas vezes são interpretadas por apenas um de seus significados. Sendo assim, começam a querer mudar a forma de falar como se, com apenas essa ação, fossem reparar erros.
A área de pessoas vem passando por essa situação. Para que se pudesse incluir o termo Gestão de Pessoas precisou-se tentar apagar o termo utilizado anteriormente (recurso humano). Muitos se preocupam com a definição de “recurso” no sentido de insumo. Efetivamente pessoas não são insumos em uma organização empresarial (onde qualquer consultório – pessoa física ou jurídica – se enquadra). Mas, a palavra recurso também se apresenta a nós como “meio”, “auxílio”, “solução”, “remédio” e “proteção”. Portanto, não se preocupe com o termo “recursos humanos”, ele ainda é atual. O que importa não é se você chama seus colaboradores como recurso humano, não importa o verbete. Importa como você trata. Seus colaboradores, para você, são insumos ou soluções?
Digo isto porque às vezes vejo pessoas se inflamando em discussões sobre verbetes, mas se esquecem do dia-a-dia, de como agem, do comportamento. Sabemos que hoje o sucesso de um empreendimento é atingido pela junção dos seus processos, da gestão da qualidade, da tecnologia empregada, dos equipamentos disponíveis, do capital e dos recursos humanos. O que assusta é que 80% do sucesso está diretamente ligado às pessoas.
No nosso caso, na odontologia, nos consultórios mais simples, esse recurso (o humano – solução) está diretamente ligado ao dentista e a auxiliar. Gostaria de, com este último artigo do ano, homenagear elas, que trabalham arduamente para que nossos consultórios consigam permanecer abertos. Elas que atendem telefone, marcam consultas, muitas vezes limpam nosso consultório, lavam instrumentais, cuidam da esterilização, fazem cotação de preços de matérias, “barganham” preços com as dentais, ouvem desaforos dos pacientes (tanto para ela quanto para nós – e quando o paciente entra na sala nos trata como se fossemos santos), “vazam” gesso etc.. O problema é que muitas vezes damos valor a elas quando dizem que vão sair. Nosso coração aperta, pois vemos o fim de uma parceria que deixamos de cuidar (por muitas vezes). Ficamos com medo de não encontrar outra que faça o que aquela fazia. Descobrimos que, apesar dos gritos, das caras de bravo que fizemos por muitas vezes, éramos felizes e não sabíamos.
A auxiliar é o nosso braço direito. Hoje, já fora do atendimento clínico e como gestor de pessoas, tenho estreitado o meu laço com essas profissionais, através da coordenação e como professor do curso de formação em Auxiliar de Saúde Bucal da ABO/MT. Tenho sido convidado para dar palestras a elas e vou com muita honra e prazer. Sei, mais do que nunca, do papel fundamental desta profissão para o sucesso de um consultório.
Gosto muito da estória de Charles Plumb que era um piloto de bombardeiro na guerra do Vietnã e que escapou da morta ao pular de paraquedas ao ser atingido. Um dia, em um restaurante, uma pessoa o abordou e perguntou se eleera  Charles Plumb. Disse que sim. A pessoa então, disse que tinha sido ele quem dobrara o seu paraquedas no dia do acidente. Plumb, então, começou a refletir, não conseguindo dormir naquela noite pensando que muitas vezes havia visto aquela pessoa no porta-aviões e nunca lhes disse um bom dia. Sua vida esteve na mão dessa pessoa. Um simples enrolar de paraquedas! E não damos muita atenção nisso, até que precisamos. Em suas palestras, então, começou a perguntar: quem enrolou o teu paraquedas hoje?
O fato é que existem pessoas que enrolam os nossos paraquedas. Enrolamos para outras pessoas. Gostamos mais quando somos o centro das atenções. Mas, já está mais que provado que o sucesso não é fruto apenas do seu esforço. Sem suporte, apoio, ajuda (portas abertas), enfim, sem outras pessoas, não há sucesso. Dizem que a maior dificuldade de um maestro é encontrar um músico que seja o “segundo violino”. O meia de campo que dá o combate, que marca, via de regra não é reconhecido (é apenas o atacante). As auxiliares, dentro de um consultório, fazem esses papéis. São nossos escudos. Portanto, se ainda der tempo este ano, agradeça-a pelos paraquedas que ela já dobrou por você. Um bom natal e um 2010 de muito sucesso!

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