Pela primeira vez, os bixos que entraram na FO/Unesp (Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), campus de Araçatuba, não tiveram que raspar seus cabelos, rastejar na lama, tomar ovos crus e nem mesmo pedir dinheiro no semáforo. A FO realizou neste ano o trote solidário. Já que o antigo trote por ser muito violento era motivo de preocupação a pais, ingressantes e coordenadores da faculdade.
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Acredita-se que o trote teve sua origem da idade média, quando os estudantes recém-admitidos eram colocados numa sala chamada vestíbulo (de onde vem a palavra vestibular). Nesta sala os estudantes tinham seus cabelos raspados, medida usada para evitar doenças, principalmente pestes. Naquela época os veteranos também gostavam de fazer brincadeiras com os novatos, porem nem sempre agressivas.
Hoje a realidade é outra, alguns trotes são tão violentos que tiveram grande repercussão, como foi em 1999, quando o calouro da Faculdade de Medicina da USP, Edison Hsueh, foi encontrado morto na piscina da associação atlética dos alunos, no dia seguinte a um churrasco oferecido pelos veteranos.
Mas para mudar esta idéia de que trote é sinal de brutalidade e desrespeito, a FO esta mudando o trote para uma integração construtiva dos novos integrantes a vida acadêmica, na qual o trote tem um cunho social.
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Neste último dia 18 de março alunos integrantes dos cursos de odontologia e medicina veterinária compareceram ao Hemocentro de Araçatuba, para fazerem doações de sangue e o cadastro no banco de medula óssea. André Luis Freitas Chaves (aluno do primeiro ano do curso de odontologia) diz que “è muito importante estar doando sangue e fazendo outras ações em prol da população, pois hoje as bolsas de sangue estão em falta”, já Bruno Henrique de Carvalho (aluno do primeiro ano de odontologia) ressalta que “todo profissional da saúde deve doar sangue e fazer a sua parte como cidadão”.
Os bixos aprovaram a iniciativa da faculdade e acredita que este tipo de trote deve permanecer já que ele não admite violência, nem humilhação e, ao mesmo tempo, promove integração e entretenimento.
Fonte: Unesp
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